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“A educação pré-escolar é a primeira etapa da educação básica no processo de educação ao longo da vida, sendo complementar da ação  educativa da família, com a qual deve estabelecer estreita relação, favorecendo a formação e o desenvolvimento equilibrado da criança, tendo em vista a sua plena inserção na sociedade como ser autónomo, livre e solidário”. Lei-Quadro da Educação Pré-Escolar

     As creches e os jardins de infância são instituições educativas circunscrevidas a promover o desenvolvimento holístico das crianças até à entrada no 1º ciclo do Ensino Básico. Estas instituições, de acordo com o artigo 5ª da Lei de Bases do Sistema Educativo, têm como alguns dos seus principais objetivos: “a) Estimular as capacidades de cada criança e favorecer a sua formação e o desenvolvimento equilibrado de todas as suas potencialidades; b) Contribuir para a estabilidade e a segurança afetivas da criança; c) Favorecer a observação e a compreensão do meio natural e humano para melhor integração e participação da criança;”, etc.
     Torna-se, assim, relevante que todo o corpo educativo atue com o objetivo de harmonizar um crescimento e desenvolvimento saudável nas crianças e como tal é fundamental que todos participem na organização institucional, nomeadamente, no projeto educativo da escola, no qual deve constar os objetivos que se quer atingir com as crianças e os meios para alcançá-los, bem como no plano anual de atividades da sala. Certo está que, estes documentos devem ser amodernados com base nos interesses, nas experiências e nas avaliações do trabalho desenvolvido.
     Importa também ter em consideração o perfil e a função do educador de infância. Segundo o Decreto-Lei n.º 241/2001, de 30 de agosto, “Na educação pré-escolar, o educador de infância concebe e desenvolve o respetivo  currículo, através da planificação, organização e avaliação do ambiente educativo, bem como das atividades  e projetos curriculares, com vista à construção de aprendizagens integradas.”
     De referir que o educador de infância deve assumir uma postura de observador participante, ativo, carinhoso, que deseja observar e compreender a criança, timonando a sua ação educativa com base nesse entendimento. Deverá igualmente, disponibilizar oportunidades para que ocorram relações favoráveis ao grupo em condições adequadas de espaço, de tempo e valores. Deste modo, aprender mais acerca das crianças só fará com que o seu potencial de aprendizagem se eleve e crie ambientes e momentos de qualidade.
     Augusto Cury (2004) intima que “os bons professores são didácticos, mas os professores fascinantes vão além disso, possuem a sensibilidade de falarem ao coração dos seus alunos. (p. 66).

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